Uma viagem introspectiva pela mente do explosivo:
Cai Guo-Qiong
Realmente, valeu a pena esperar desde 2008, depois dos jogos de Pequim a vinda deste gênio.Cai Guo-Qiong, nos leva a uma realidade psicodélica, mista em pólvoras e materiais recicláveis, fascinante.
O centro cultural Banco do Brasil, recebe não só a fúria das telas, artes externas recicladas e murais, como também recebe plenas formas arquitetadas para o livre pensar da cidade de SP, robôs que exprimem sua ótica fascinante do dia a dia, interações diversas, e instalações multi visuais, com som, imagens e luz dentro da galeria, o que faz de Da Vincis do Povo, estupenda!
Submarinos Flutuantes em dimensões que nunca saberemos. |
Logo na entrada do Centro Cultural, despojando sob ás ruas, nos damos de cara com as obras suspensas de lata, alumínio, cobre e diversos materiais reciclados, arremetendo o Sonho do artista para com os homens, eterno, da busca pelo voo.
A frase impactante: "NUNCA APRENDI A POUSAR" soa como uma BEM-VINDO, e já nos envolve ali mesmo com a imensa relação do chinês, para com os sonhos.
É magnifica a sensação e a atmosfera que as aeronaves, aviões diversos, espaçonaves e objetos voadores, causaram no centro Paulista, de uma sensibilidade ímpar, invocando-nos a perceber como a pureza das coisas mais rústicas podem ser elevadas ao extremo se pararmos para avaliar as coisas mais simples da vida. Cai, nos toca profundamente.
Logo na entrada, damos de cara com a fantástica obra: " Birds & Flowers of Brazil" com 18 metro de altura, linda e impactante, um ótimo cartão de visita que deixa um ar de mistérios e generosidade no prédio.
Feita exclusivamente com pólvora.
No andar central, ainda podemos ver algumas obras cubistas e evolutivas com reciclagem de Cai. E um vídeo demonstrando como Birds & Flowers foi feita.
O engraçado é que a obra, é uma das artes que ele faz em cada pais que passa, tentando levar daqui sua melhor observação de nossa cultura.
Descendo para o subsolo, diversas obras "vivas" dele estão expostas, com uma vivacidade ótima, e todas dançam entre si, apesar de suas diferenças gritantes, os ratos no chão, se deslocando em círculos e a roda com retratações dos homens em gira-gira, demonstram como ele tem uma mente aguçada e perspicaz no sentido de observar a realidade da atmosfera e nos colocoar dentro dela de forma absoluta.
Cada peça aqui, foi feita com engenharia de camponeses amigos dele, e arte reciclável.
Muito descente e de valor.
Cai é um gênio forte na era dos orientais que tentam levar qualidade para o mundo, e consegue!
Todas as obras, arremetem um pouco do que ele viveu e um pouco de sua cultura desenvolvida pelo mundo, Cai é uma metamorfose.
É possível sentir todas as qualidades, de um ambiente voraz como o de um porta-aviões. Belo.
Ainda no sub-solo vemos uma espécie de retratação do ateliê e da mesa de criação dele, espetacular para quem gosta de bastidores e "Como foi feito".
Nos direcionando para o 4° andar, e presenciamos algo lindo, a tela vista por cima, e isto é maravilhoso, contemplamos o que ele queria retratar: COMO NOSSA FAUNA E FLORA é esplendida!
Sim, e o acesso a sala multi-dimensões com a instalação "PIPAS" é bárbara, no 4° andar uma pedra preciosa é escondida, e em diversas ações voadoras e demonstrativas das imensas necessidades culturais das cidades que passou, sentimos em cenas como automobilísticas, cotidiano, alimentação, campo, alucinações, psicodélicas e outras a sua visão de 360° e a frieza com a qual ele transmite a sociedade em que vivemos.
Também vemos ao lado de fora, os pipas voadores, doces e suaves na dimensão da antiga arquitetura do prédio, abaixo da vidraça com diversos dizeres em Katakana ( Mais sobre os tipos de idiomas orientais, aqui. )
Já no 3° andar da instalação, vemos diversos vídeos sobre a criação, evolução e criatividade de Cai, e suas momentâneas viagens com Da Vincis pelo mundo, ainda é possível ver algumas telas e seguimentos filantrópicos e idealistas da cultura chinesa.
Vista da rua, de um dos submarinos. |
No 2° andar, temos as telas FENOMENAIS e VIVAS, feitas de pólvora, pano, e inteligência.
O trabalho de Guo-Qiong é traçado com certa ferocidade, porém, só alguém com tanto tato poderia fazer de pólvora: Flores, Frutos, Paisagens e Belas retratações culturais. É ÚNICO.
No piso, ainda próximo a sala da mostra do filme livre, temos a contemplação de mais algumas obras e peças dele, assim como vídeos, agora, sobre as técnicas e diversas exposições no mundo.
É possível contemplar, e viabilizar mais das expressões que ele utiliza, no 1° andar, e fomos conferir.
No espaço temos o choque, com a sala exposta, Os robôs interativos, representando diversas atividades e situações que alguns artistas amigos e admirados por ele fazem com suas técnicas mirabolantes e ousadas, ele retrata com reciclado, cada posição artística tomada pelos mesmos, é de uma entrega tão grande, que só de ver você já percebe quem são.
Mas isto não iremos contar, sem que você vá lá e sinta o que sentimos, não vale de nada vir aqui, e teorizar tudo o que é "vivido" no centro de São Paulo.
E aí, conseguem nos dizer nos comentários qual artista que usa corpos esta na peça?
Dica: ele usa modelos para retratar e criar as suas obras, pintando com o corpo, quem é ele?
As peças são interativas e nos integram, funcionam de 1h em 1h na sala, e a visita e este espaço em especial é controlada, para que haja um melhor monitoramento e aproveitamento do local.
Esta foi a sensacional Da Vincis do Povo, de Cai Guo-Qiong no centro cultural BB, para acessar infos e datas, veja nosso post aqui no blog, vale a pena prestigiar esta celebração a vida.
Desça já,
Para descobrir
O que trazemos de
Uma frase.
Nunca aprendi a pousar. |
Cai, é uma mente sem limites, genial no que faz.
Harry Sales.
Nenhum comentário:
Postar um comentário