segunda-feira, 29 de abril de 2013

MAMA - #cult #dica

Quando o pai de Victoria e Lilly mata a mãe das garotas, as crianças fogem assustadas para uma floresta. Durante cinco anos, ninguém tem notícia do paradeiro delas, até o dia em que elas reaparecerem, sem explicarem como sobreviveram sozinhas. Os tios das duas, Lucas (Nikolaj Coster-Waldau) e Annabel (Jessica Chastain) adotam Victoria e Lilly e tentam dar uma vida tranquila às duas, mas logo eles percebem que existe algo errado. As duas conversam frequentemente com uma entidade invisível, que chamam de "Mama". Lucas e Annabel não sabem se acreditam nas meninas, ou se devem culpá-las pelos estranhos acontecimentos na casa.

"E só a realidade de poder abraçar novos mundos, que faz a ciência desbravar novas situações."
"Um fantasma é uma emoção sem forma, condenada a um ciclo repetitivo. Uma vez após outra."

NOTA 6


"O arrepiante MAMA, violento, escuro e em busca de vingança, nos tira o fôlego, criação ímpar de Del Toro"
As irmãs, assombradas por Mama

Mama, é mais um daqueles filmes de horror/suspense com seguimento voltado para assustar, dar medo, porém, tem um roteiro intrigante que nos acaba levando a algumas sensações de aflição e sensibilidade com a história.

Ao invés de termos um filme de um ser de trevas, satânico e perdido na escuridão, temos um alma de luz, em conflito com o que fizeram dela no passado, cuidando de duas humanas em um ambiente hostil e condenado ao prazer da boa e velha politica da boa vizinhança.

Horripilante é ver um ser deformado e fantasmagórico, ser adorado e amado por duas crianças.
Mas deve-se lembrar que as mesmas após o abandono e não terem a opção de outra vida, tornaram-se predadoras do que viviam, e acabamos nos envolvendo com as duas faces da trama.
As meninas encontradas em uma situação caótica.


Mama, barbarizando a residência da família.
Encontramos um roteiro de um irmão, sim, um irmão de um pai, assassino e fugitivo, que sequestrou e fugiu com elas, após matar a mãe, as meninas estão perdidas na floresta, e se encontram com o ser, neste momento, a trama se inicia, uma busca, uma aceitação, e o principal como Guilhermo Del Toro (O Labirinto do Fauno | Não Tenha Medo do Escuro | O orfanato) tem uma ousadia e mãos de luva nas pesquisas que faz em curtas e animações, já que MAMA, veio de um curta de 2008 que o mesmo ficou fascinado e resolveu trazer para as telas.
E como produtor, foi soberano.

O mexicano fez deste filme, que se for vasculhado com muita frieza, soará bobo, mas uma peça chave em sua carreira, indo mais uma vez para a excelente aceitação de crítica e público no mundo.

Vamos a cena de abertura, perfeita e tenebrosa, mas com a sutileza de mostrar as visões e expressões das crianças na cabana, faz com que cada desenho na parede em jogos de posicionamento muito bem pensados pelas câmeras, sejam horripilantes.

O roteiro originado de Mamá, de 2008, desta vez na mão do também diretor Andres Muschietti, é tenebroso, contando com a força e a percepção de Neil Cross, tudo se desenrola de forma estruturada, é bom filmes de suspense que não nos deixam perdidos e que tem um fim, explicativo.
Os dois só pecaram nos sustos, me assustei pouco, comparado a filmes do gênero, creio que como o enredo também contava, precisei estar mais preso a ele, e não dei vazão ao pavor padrão.


ALUCINAÇÕES?
 Lucas, Coster-Waldau é muito bom em cena, passa um pai/tio dedicado e responsável, mesmo atormentado pelo thriller, consegue ter uma boa atuação em cena, fica claro que a dupla de protagonistas se adéqua bem a este tipo de filme.


A ótima Jessica Chastain (A árvore da Vida) indicada ao Oscar uma vez por The Help, é ótima, nos impressiona devido a não fazer nada de ruim em filmes assim, como é de se esperar as tipicas burradas das mocinhas, ela não, sem clichês, sem estupidez, da vida a uma roqueira decidida e ponderada, isso que mais abrilhanta sua atuação.

Os dois, são bons, em um filme de qualidade, somando = atuações desejáveis.
No começo fiquei fascinando com as interpretações expressivas e forte na luta pela guarda das duas crianças, o que não é tão necessário em filmes de horror. Vale a pena apreciar a atuação dos dois.

Mr. Mîsael & Los Atormentados - Vampire Guitar, sim eles estão na trilha, muito bom!
A trilha é um caso a parte, sombria, como em todo filme, porém, trazendo índie rock de qualidade e xilofones com violinos, ficou meio "teen horror" e este filme não se encaixa nisso.
Quanto as técnicas de som, ótimas, os tambores, as batidas e as explosões sonoras dos arranjos, deram bons sustos na sala, a edição de som, mandou bem, e trouxe conexão as imagens em CGI muito bem feitas da assombração. Ela é assinada por Fernando Velázquez. ( Demônio | O Impossível)

As tomadas escuras, ótimas e de qualidade, dão uma total introspecção com o jogo de câmeras nas cenas abertas. As locações e floresta, dão um clima nobre e sútil ao suspense, fazendo com que em muitas cenas as tomadas sejam apreciadas simplesmente pelo misto do local com o sublime trabalho do Antonio Riestra, de Do Fundo do Mar, em seu trabalho agora como Diretor de Fotografia.
Soube ser intimista, isso é lindo em suspenses/horrores.
O Elenco principal.

A única coisa da película que me irrita, é o 
“PhD” em psicologia, Dr. Dreyfuss (Daniel Kash de Na Estrada), sério, que atuação fraca, inexpressiva e fria, não fez nenhum laboratório, sua análise do comportamento humano e psicológico é patética, muita hostilidade.

Enfim, Mama, apreciem.


  • Mama: EUA, 2013 Horror / Suspense.
  • Direção: Andres Muschietti
    100 minutos, 14 anos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário