quinta-feira, 18 de abril de 2013

Dica de consumo para a Sétima Arte, VICKY CRISTINA BARCELONA.

 Dica de consumo para a Sétima Arte, VICKY CRISTINA BARCELONA.



TRAILER



NOTA 7

"Para nós alguma coisa não deu certo!
E o que não deu certo? NÃO SABEMOS!"


Vicky Cristina Barcelona (2008) é uma ode a supremacia dos filmes que tem como personagem as boas locações e os roteiros adaptados a ela como um plano de fundo essencial a esta construção, a emblemática e enigmática Barcelona onde o filme foi rodado, caracteriza toda a história em uma perspectiva única do competente e ousado Woody Allen, onde nos vemos embalados em uma dança original, em um roteiro doce, surpreendente que tira o fôlego, sem muitos clímax, somente pelo fato de pegar-nos com os fatos do coração e as perspectivas da vida de termos que enxergar as situações do próximo com inúmeras outras óticas, Vicky Cristina Barcelona nos faz inúmeras vezes nos colocarmos nos lugares de outros, e isto é uma dádiva do texto.
Narrarei com base nisto.

A cidade é usada e abusada por Woody, que desde que se mudou para a Europa, aprecia a supremacia catalã de forma expressiva com a sua forma de usar as locações como personagem, aderindo cenários entre avenidas e prédios, monumentos históricos e pontos turísticos. O que é sensacional já que VICKY esta ali para fazer o seu mestrado sobre a cultura catalã, podemos interpretar com olhos de águia vários signos da cidade, como por exemplo: Oviedo, a cidade aparece, e quando surge a noite é transparecida pela arquitetura nobre de Ávila em tomadas abertas de plongé e o que amo em Woody: inúmeros takes da câmera em plano aberto, para os apreciadores de arte temos um susto quando o painel de Miró SURGE no início do filme no terminal B, despercebido, o colorido louco do artista, violento, abstrato, passa despercebido! Assim como Gaudí e seus mosaicos e os arquitetônicos psicodélicos, falando nele, podemos ver a Sagrada Família (www.sagradafamilia.cat )  catedral inacabada do mesmo, também. 
Outro trabalho de Gaudí que aparece, embora bem menos disputada pelos viajantes que a Casa Batlówww.casabatllo.es ) , a La Pedrera (www.lapedreraeducacio.org), em um take, as protagonistas se divertem entre as chaminés cobertas de caquinhos brancos e demais estruturas delirantes. Ao fundo, a Sagrada Família, é contagiante como tudo se entrelaça aos olhos do diretor, e a continuidade da arte se entrega a película. 

Por minha ótica, a melhor locação e melhor cena é quando Cristina está na companhia de Maria Elena Penélope Cruz ex-mulher de Juan Antonio, elas fazem um ensaio fotográfico na Fonte do Montjuic, na frente da Plaza de Espanya, sexy, sensual e cheio de erotismo oculto, isto me leva pra segunda descrição do filme.

O que ali é representado, além da felicidade, que muitas vezes eufórica, outras, explosiva, algumas impulsiva e outras esquizofrênica, tem como pano de fundo o desejo e o prazer, lembrando que Cristina queria dar um tempo na vida: acaba de romper com o namorado e de dirigir um curta em que tenta definir o amor. Prestes a se casar, e Vicky no seu mestrado... Perdidas em seus pensamentos, devo apresentar Maria Elena que citei e Juan Anotnio( artista conceituado, que não exprime muito a relação com ninguém, se adéqua as pessoas e as situações, porém tudo para ele é "de bolso", se foi, se foi...) Javier Bardem, eles são um casal, um amor violento e vivo, algo escorpiano se for interpretado pelo esoterismo dos signos, uma doença e uma mulher fora de controle que foi amada e aflorada nos seu maior amago da alma, perdeu tudo o que tinha, traições. brigas e loucuras entre a paixões destes dois artistas levaram-os ao seu fim, e agora..

Juntando as principais personagens que não dei foco até gora, pois precisei entrar nos principais nichos para chegar nelas, entro no roteiro, por que este filme é feito de vidas, de histórias lindas e de paixões violentas, e de uma cidade esplendida, não seria possível ir direto ao ponto sem falar delas. 

A belíssima Scarlett Johansson rouba a cena com a Cristina, apaixonada por sorrisos, amores e abraços, sempre atrás de uma nova oportunidade transforma a viagem em um amor de verão, algo intitulado por "compromissofobia" muito bacana na interpretação de Woody. Fazendo com que a intensidade na relação dos três seja intensa e voraz, quase tocável na tela.
Equilibrando tudo, simplesmente no tempo em que aquilo é vivido e saciado. 
Tudo complementa-se e focaliza-se ou seja, a vontade de consumir, absorver, devorar, ingerir e digerir até que a novidade acabe e inicie-se uma nova relação.Já a personagem Rebecca Hall (Vicky), Vicky, é totalmente passiva ao conceito da felicidade, ela não busca nada e sim planeja tudo. Qualquer coisa que saia do controle do que foi previsto a deixa em pânico. É como se ela devesse ter o controle de tudo. Desse modo, ela chega a algum lugar. Porém, para ser feliz é necessário correr e não chegar. Em um noivado e planejando um casamento, com um noivo do estilo fiel e metódico preso a ela, premeditando tudo e fidelizando sua vida e relação, se vê em uma nova relação e vida com a atmosfera de Barcelona e o que Juan proporciona a ela após a viagem, com isso é uma peça rara do roteiro, ou melhor uma montanha russa, se casa, aceita a chegada do noivo, descobre amantes inesperados, revela-se uma mulher totalmente nova, astuta e inesperada aos extremos, enfim podemos ver em sua virada de jogo no roteiro uma caixinha de surpresas que todo ser humano pode ser, e ela é isto tudo mesmo, sempre foi.

Apesar de datado, os temas como cinema, amor, casamento, traição, adultério, velhice, Ingmar BergmanFiódor Dostoiévski, Marx (Groucho, não Karl), Deus, religião, morte, sexo, sexo e mais sexo são explorados em teorias e diálogos muitas vezes próximos da realidade de quem assiste.
E, assim, os personagens vão se formando ao redor dessas duas amigas, que passam por provações que poderiam ter mudado suas vidas em uma viagem de verão para a Espanha, mas que o medo (no caso de Vicky) e a busca pela felicidade (no caso de Cristina) impediram.

Outra perspectiva do filme que queria expor é sobre o figurino, SENSACIONAL!
As 3 personagens destacam-se pela simplicidade e pela nobreza ao mesmo tempo, figurinos lindos, abusados e belos, amei cada cena em que as três se apresentavam, eles ficaram aos encargos da extremamente abusada Sonia Grande na minha opinião, EM SUA MELHOR COLOCAÇÃO FIGURINÍSTICA DO CINEMA ATÉ AGORA!

Pela 1° vez não fiz uma crítica tão técnica e mais emocional | cultural, já que devia algo do gênero aqui faz tempo, de um filme ao qual trata da liberação sexual e afetiva dos tempos atuais.
Ps: Menos destaque para Javier Bardem desta vez, um dos meus atores favoritos, resolvi falar das mulheres que realmente, são as donas da 7° arte em questão.

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