terça-feira, 30 de abril de 2013

As Etapas da Compra e Pós-Compra

                dinheiro Vs produto ou produto Vs dinheiro?


Por haver tantas lojas, serviços e produtos comuns o mercado tornou-se competitivo e com isso, facilitar o processo de compra tem sinto o diferencial no atendimento, cujo o ponto alto é justamente o momento da compra e encantar o consumidor e dar-lhe todas as vantagens, não só para que ele se torne fiel, mas também que possa influencia-lo.

A compra é o momento da troca de valor, quando duas partes negociam a satisfação de suas expectativas. Este ponto implica que a situação presente das duas parte é o fato que determina o modo de compra ou seja o momento da compra é o mais importante do relacionamento entre o fornecedor e o consumidor, com isso as empresas tem investido alto em seus técnicos para que também se tornem profissionais do relacionamento.

O momento da compra oferece três níveis de informação e atuação.



  •  Ao conversar com o consumidor no momento da compra o gerente pode informar sobre como se processaram as etapas anteriores e que expectativa o consumidor pretende alcançar, quais produtos e características lhe chamam atenção.



  •   O momento da compra também pode informar quais são os mecanismos de avaliação pós-compra normalmente utilizando, o consumidor ele comenta o resultados de compras anteriores, sobre amigos e conhecidos, que testes ira fazer para saber e se obteve o que queria ou não. Nesse caso a pessoa também pode ser estimulada a comentar.



  •  E o ultimo refere-se a oportunidade que o momento da compra proporciona e assim estabelecendo um relacionamento positivo de confiança e segurança e na troca de informações, possibilitando a modificações das etapas anteriores e posteriores, ajustando as expectativas ao produto e vice-versa, modificando o julgamento por meio de experimentação; treinar uso do produto e os critérios de qualidade.



 Podemos concluir que no momento da compra, mesclam-se todos os outros passos anteriores e os resultados esperados posteriores.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Lembra-te de mim #cult

Em cartaz #teatro #consumacultura





Lembra-te de mim, está de volta.


Com uma narrativa não linear sobre um conjunto de sensações experimentadas além da morte, torna-se desafiador ao público a compreensão deste espetáculo se utilizando apenas, da lógica comum, na qual nossa cultura nos ensina a aferir situações da vida cotidiana. 

É necessário mais, ir além! Cria-se uma lente que ligará as realizações pessoais do espectador as da personagem em cena, para uma profunda e significativa compreensão das ações em VIDA refletindo-se além dela.

No palco, as emoções de uma mulher, que se vê, frente a frente com seus atos, numa história que passa a ganhar sentido no universo íntimo de cada um. As emoções não precisam fazer sentido. É apenas você e as suas emoções.

Desafie-se a conhecer Marta, e sua história imorredoura, numa trama intrigante, reflexiva e profundamente filosófica, inspirada nos estudos de Allan Kardec, constantes no Livro "O Céu e o inferno".

No elenco: Regina Guimarãez e Marcelo Fernandes Thomas. Dramaturgia e direção:  Vagner Souza .

SERVIÇO:

Theatro D. Pedro

Endereço: Praça Expedicionários s/n - Centro - Petrópolis - RJ, 25620-000
Telefone:(24) 2235-3833

Dias 25 e 26 de maio de 2013
Sábado, às 20h e domingo, 19h

INGRESSOS:

R$ 20 Inteira
R$ 15 Antecipado
R$ 10 Meia entrada

MAMA - #cult #dica

Quando o pai de Victoria e Lilly mata a mãe das garotas, as crianças fogem assustadas para uma floresta. Durante cinco anos, ninguém tem notícia do paradeiro delas, até o dia em que elas reaparecerem, sem explicarem como sobreviveram sozinhas. Os tios das duas, Lucas (Nikolaj Coster-Waldau) e Annabel (Jessica Chastain) adotam Victoria e Lilly e tentam dar uma vida tranquila às duas, mas logo eles percebem que existe algo errado. As duas conversam frequentemente com uma entidade invisível, que chamam de "Mama". Lucas e Annabel não sabem se acreditam nas meninas, ou se devem culpá-las pelos estranhos acontecimentos na casa.

"E só a realidade de poder abraçar novos mundos, que faz a ciência desbravar novas situações."
"Um fantasma é uma emoção sem forma, condenada a um ciclo repetitivo. Uma vez após outra."

NOTA 6


"O arrepiante MAMA, violento, escuro e em busca de vingança, nos tira o fôlego, criação ímpar de Del Toro"
As irmãs, assombradas por Mama

Mama, é mais um daqueles filmes de horror/suspense com seguimento voltado para assustar, dar medo, porém, tem um roteiro intrigante que nos acaba levando a algumas sensações de aflição e sensibilidade com a história.

Ao invés de termos um filme de um ser de trevas, satânico e perdido na escuridão, temos um alma de luz, em conflito com o que fizeram dela no passado, cuidando de duas humanas em um ambiente hostil e condenado ao prazer da boa e velha politica da boa vizinhança.

Horripilante é ver um ser deformado e fantasmagórico, ser adorado e amado por duas crianças.
Mas deve-se lembrar que as mesmas após o abandono e não terem a opção de outra vida, tornaram-se predadoras do que viviam, e acabamos nos envolvendo com as duas faces da trama.
As meninas encontradas em uma situação caótica.


Mama, barbarizando a residência da família.
Encontramos um roteiro de um irmão, sim, um irmão de um pai, assassino e fugitivo, que sequestrou e fugiu com elas, após matar a mãe, as meninas estão perdidas na floresta, e se encontram com o ser, neste momento, a trama se inicia, uma busca, uma aceitação, e o principal como Guilhermo Del Toro (O Labirinto do Fauno | Não Tenha Medo do Escuro | O orfanato) tem uma ousadia e mãos de luva nas pesquisas que faz em curtas e animações, já que MAMA, veio de um curta de 2008 que o mesmo ficou fascinado e resolveu trazer para as telas.
E como produtor, foi soberano.

O mexicano fez deste filme, que se for vasculhado com muita frieza, soará bobo, mas uma peça chave em sua carreira, indo mais uma vez para a excelente aceitação de crítica e público no mundo.

Vamos a cena de abertura, perfeita e tenebrosa, mas com a sutileza de mostrar as visões e expressões das crianças na cabana, faz com que cada desenho na parede em jogos de posicionamento muito bem pensados pelas câmeras, sejam horripilantes.

O roteiro originado de Mamá, de 2008, desta vez na mão do também diretor Andres Muschietti, é tenebroso, contando com a força e a percepção de Neil Cross, tudo se desenrola de forma estruturada, é bom filmes de suspense que não nos deixam perdidos e que tem um fim, explicativo.
Os dois só pecaram nos sustos, me assustei pouco, comparado a filmes do gênero, creio que como o enredo também contava, precisei estar mais preso a ele, e não dei vazão ao pavor padrão.


ALUCINAÇÕES?
 Lucas, Coster-Waldau é muito bom em cena, passa um pai/tio dedicado e responsável, mesmo atormentado pelo thriller, consegue ter uma boa atuação em cena, fica claro que a dupla de protagonistas se adéqua bem a este tipo de filme.


A ótima Jessica Chastain (A árvore da Vida) indicada ao Oscar uma vez por The Help, é ótima, nos impressiona devido a não fazer nada de ruim em filmes assim, como é de se esperar as tipicas burradas das mocinhas, ela não, sem clichês, sem estupidez, da vida a uma roqueira decidida e ponderada, isso que mais abrilhanta sua atuação.

Os dois, são bons, em um filme de qualidade, somando = atuações desejáveis.
No começo fiquei fascinando com as interpretações expressivas e forte na luta pela guarda das duas crianças, o que não é tão necessário em filmes de horror. Vale a pena apreciar a atuação dos dois.

Mr. Mîsael & Los Atormentados - Vampire Guitar, sim eles estão na trilha, muito bom!
A trilha é um caso a parte, sombria, como em todo filme, porém, trazendo índie rock de qualidade e xilofones com violinos, ficou meio "teen horror" e este filme não se encaixa nisso.
Quanto as técnicas de som, ótimas, os tambores, as batidas e as explosões sonoras dos arranjos, deram bons sustos na sala, a edição de som, mandou bem, e trouxe conexão as imagens em CGI muito bem feitas da assombração. Ela é assinada por Fernando Velázquez. ( Demônio | O Impossível)

As tomadas escuras, ótimas e de qualidade, dão uma total introspecção com o jogo de câmeras nas cenas abertas. As locações e floresta, dão um clima nobre e sútil ao suspense, fazendo com que em muitas cenas as tomadas sejam apreciadas simplesmente pelo misto do local com o sublime trabalho do Antonio Riestra, de Do Fundo do Mar, em seu trabalho agora como Diretor de Fotografia.
Soube ser intimista, isso é lindo em suspenses/horrores.
O Elenco principal.

A única coisa da película que me irrita, é o 
“PhD” em psicologia, Dr. Dreyfuss (Daniel Kash de Na Estrada), sério, que atuação fraca, inexpressiva e fria, não fez nenhum laboratório, sua análise do comportamento humano e psicológico é patética, muita hostilidade.

Enfim, Mama, apreciem.


  • Mama: EUA, 2013 Horror / Suspense.
  • Direção: Andres Muschietti
    100 minutos, 14 anos.

O Consumopolis visitou DA VINCIS DO POVO, e te conta como é:


Uma viagem introspectiva pela mente do explosivo:

Cai Guo-Qiong

Realmente, valeu a pena esperar desde 2008, depois dos jogos de Pequim a vinda deste gênio.
Cai Guo-Qiong, nos leva a uma realidade psicodélica, mista em pólvoras e materiais recicláveis, fascinante.


O centro cultural Banco do Brasil, recebe não só a fúria das telas, artes externas recicladas e murais, como também recebe plenas formas arquitetadas para o livre pensar da cidade de SP, robôs que exprimem sua ótica fascinante do dia a dia, interações diversas, e instalações multi visuais, com som, imagens e luz dentro da galeria, o que faz de Da Vincis do Povo, estupenda!


Submarinos Flutuantes em dimensões que nunca saberemos.


 Logo na entrada do Centro Cultural, despojando sob ás ruas, nos damos de cara com as obras suspensas de lata, alumínio, cobre e diversos materiais reciclados, arremetendo o Sonho do artista para com os homens, eterno, da busca pelo voo.

A frase impactante: "NUNCA APRENDI A POUSAR" soa como uma BEM-VINDO, e já nos envolve ali mesmo com a imensa relação do chinês, para com os sonhos.



É magnifica a sensação e a atmosfera que as aeronaves, aviões diversos, espaçonaves e objetos voadores, causaram no centro Paulista, de uma sensibilidade ímpar, invocando-nos a perceber como a pureza das coisas mais rústicas podem ser elevadas ao extremo se pararmos para avaliar as coisas mais simples da vida. Cai, nos toca profundamente.




Logo na entrada, damos de cara com a fantástica obra: " Birds & Flowers of Brazil" com 18 metro de altura, linda e impactante, um ótimo cartão de visita que deixa um ar de mistérios e generosidade no prédio.
Feita exclusivamente com pólvora.



No andar central, ainda podemos ver algumas obras cubistas e evolutivas com reciclagem de Cai. E um vídeo demonstrando como Birds & Flowers foi feita.

O engraçado é que a obra, é uma das artes que ele faz em cada pais que passa, tentando levar daqui sua melhor observação de nossa cultura.


 Descendo para o subsolo, diversas obras "vivas" dele estão expostas, com uma vivacidade ótima, e todas dançam entre si, apesar de suas diferenças gritantes, os ratos no chão, se deslocando em círculos e a roda com retratações dos homens em gira-gira, demonstram como ele tem uma mente aguçada e perspicaz no sentido de observar a realidade da atmosfera e nos colocoar dentro dela de forma absoluta.

Cada peça aqui, foi feita com engenharia de camponeses amigos dele, e arte reciclável.
Muito descente e de valor.

 Cai é um gênio forte na era dos orientais que tentam levar qualidade para o mundo, e consegue!


Todas as obras, arremetem um pouco do que ele viveu e um pouco de sua cultura desenvolvida pelo mundo, Cai é uma metamorfose.


É possível sentir todas as qualidades, de um ambiente voraz como o de um porta-aviões. Belo.


Ainda no sub-solo vemos uma espécie de retratação do ateliê e da mesa de criação dele, espetacular para quem gosta de bastidores e "Como foi feito".




Nos direcionando para o 4° andar, e presenciamos algo lindo, a tela vista por cima, e isto é maravilhoso, contemplamos o que ele queria retratar: COMO NOSSA FAUNA E FLORA é esplendida!



Sim, e o acesso a sala multi-dimensões com a instalação "PIPAS" é bárbara, no 4° andar uma pedra preciosa é escondida, e em diversas ações voadoras e demonstrativas das imensas necessidades culturais das cidades que passou, sentimos em cenas como automobilísticas, cotidiano, alimentação, campo, alucinações, psicodélicas  e outras a sua visão de 360° e a frieza com a qual ele transmite a sociedade em que vivemos.

Também vemos ao lado de fora, os pipas voadores, doces e suaves na dimensão da antiga arquitetura do prédio, abaixo da vidraça com diversos dizeres em Katakana ( Mais sobre os tipos de idiomas orientais, aqui. )

Já no 3° andar da instalação, vemos diversos vídeos sobre a criação, evolução e criatividade de Cai, e suas momentâneas viagens com Da Vincis pelo mundo, ainda é possível ver algumas telas e seguimentos filantrópicos e idealistas da cultura chinesa.
Vista da rua, de um dos submarinos.

No 2° andar, temos as telas FENOMENAIS e VIVAS, feitas de pólvora, pano, e inteligência.
O trabalho de Guo-Qiong é traçado com certa ferocidade, porém, só alguém com tanto tato poderia fazer de pólvora: Flores, Frutos, Paisagens e Belas retratações culturais. É ÚNICO.

No piso, ainda próximo a sala da mostra do filme livre, temos a contemplação de mais algumas obras e peças dele, assim como vídeos, agora, sobre as técnicas e diversas exposições no mundo.
É possível contemplar, e viabilizar  mais das expressões que ele utiliza, no 1° andar, e fomos conferir.
No espaço temos o choque, com a sala exposta, Os robôs interativos, representando diversas atividades e situações que alguns artistas amigos e admirados por ele fazem com suas técnicas mirabolantes e ousadas, ele retrata com reciclado, cada posição artística tomada pelos mesmos, é de uma entrega tão grande, que só de ver você já percebe quem são.







Mas isto não iremos contar, sem que você vá lá e sinta o que sentimos, não vale de nada vir aqui, e teorizar tudo o que é "vivido" no centro de São Paulo.


E aí, conseguem nos dizer nos comentários qual artista que usa corpos esta na peça?



Dica: ele usa modelos para retratar e criar as suas obras, pintando com o corpo, quem é ele?


As peças são interativas e nos integram, funcionam de 1h em 1h na sala, e a visita e este espaço em especial é controlada, para que haja um melhor monitoramento e aproveitamento do local.



Esta foi a sensacional Da Vincis do Povo, de Cai Guo-Qiong no centro cultural BB, para acessar infos e datas, veja nosso post aqui no blog, vale a pena prestigiar esta celebração a vida.
 Desça já,


 Para descobrir
O que trazemos de
mais marcante do local:

Uma frase.
Nunca aprendi a pousar.

-||-

Cai, é uma mente sem limites, genial no que faz.


Harry Sales.

domingo, 28 de abril de 2013

O B L I V I O N - nos cinemas. #CULT #DICA



"Vocês dois ainda são uma dupla eficiente?"

NOTA: 7


"Não é uma produção de ação, é de devastação, melancólica as vezes, uma ficção com referências ao oculto, exímio, 
um filme que impacta mais os sentidos do espectador do que o cérebro" Harry Sales. 
“Oblivion” significa “Esquecimento”.
O título do filme faz alusão às memórias dos seres humanos, que foram barbarizadas.
Em Oblivion, vemos a ousadia do ator de ação, sim, ação, Tom CruiseVanilla Sky | Missão Impossível ) , mais uma vez ser testada e ainda assim, ele consegue, de forma eficaz, nos surpreender mais uma vez com suas atuações.
No papel de Jack Harper, um herói futurista iludido por suas visões do que já viveu na existência, ele é uma espécie de Wall-e* (Disney/Pixar 2008) humano executando funções na terra (manutenção do planeta, para os que vivem fora), mas não esta terra que vivemos hoje, uma terra fantasmagórica, mas sem expressões assustadoras, e sim, domada pela natureza e pelo efeito da solidão com que cada cena é disposta.
“ganhamos a guerra, mas perdemos o planeta”Imaginando que a humanidade contra-atacou com bombas nucleares, o que quase acabou com o planeta. O filme se desenrola em um planeta totalmente novo, para piorar, sem a Lua, as marés ficaram fora dos eixos, e parte do planeta foi inundado por tsunamis absurdos.


Jack, executa a simples tarefa: Manter tranquilas e pacíficas, mesmo que com muita luta e tiros psicodélicos nos drones (robôs sentinelas que mantém os saqueadores longe), as bases de energia (hydros) para a base, que suga a água do mar, e a transforma em energia para os supostos humanos que restaram, nesta nave, O ano é 2070 e, após uma apocalíptica guerra contra uma raça de alienígenas parasíticos (saqueadores)  que buscam um novo mundo após terem esgotado os recursos de seu próprio planeta (Independence Day*), o resto dos humanos deu início ao processo de migração para Titã, uma das luas de Saturno, e outros vivem em Tet | Titã | Titan, uma mega nave/estação espacial.


Junto com a colega – e amante – Victoria, Andrea Risenborough (Famosa nos teatros ingleses) [existe uma cena da nudez da mesma em contra-luz, numa piscina psicodélica, vale a pena conferir] com grande destaque, excelente em cena, contribui muito para o roteiro e é estratégica com suas expressões diretas e por vezes penetrante, vive em uma mansão, e ela ali executa um papel essencial, o de: mente pensante para que as partes sejam estruturadas.
Ela não deixa a situação deles sair da rotina, e simplesmente com o jeito de mulher correta, acaba envolvendo os dois em uma realização de entrega e prazer oculto (não tão oculto, já que as cenas de nudez da mesma na água da piscina da casa, é de tirar o fôlego) que existe.
Ela e Cruise, ficam tão bem em cena, que o monstro e ator deixa a mesma por diversas vezes ficar enorme e domar as imagens, é genial a química dos dois.


Jack é atormentado por sonhos,  recorrentes que mostram ele em NYC, passeando com uma mulher (Olga Kurylenko), a ótima e dramática Camile de 007 - Quantum of Solace, 2008.
Nesta película Olga da vida a mulher de Jack, 
 Julia , e surge na trama para dar meio a uma mudança de roteiro daquelas premeditadas, mas épicas.
Toda esta ótica
 é muito anormal, já que os homens tiveram suas memórias deletadas, e aquilo não é uma memória, pois NYC não existe. Mas, seus sonhos e as ligações que tem pelo planeta, fazem de Jack um personagem muito passional, enquanto Victoria se mantém rigidamente sistemática e fiel às regras, sem pestanejar com os seus atos.


O que faz o filme girar, é o encontro de Jack com os supostos alienígenas e então descobrir, que eles são humanos, e que não passam de nada mais, nada menos, que sobreviventes em busca de plena sobrevivência. Neste encontro, já visto no trailer, eles aparecem vestidos como os rebeldes  pós-apocalípticos de Mad Max  e os moradores de Zion na trilogia Matrix, com máscaras e dreads do Predador, é uma caracterização estupenda, que inclusive os deixam fora dos scanners dos droids.
Ficando assim claro que, na realidade, a situação dele é mais surreal do que se imaginava.



Nesta hora que surge o
 caráter messiânico pop a la Morpheus de Morgan Freeman (Batman Trilogy), dando um imenso show em cena, e colocando uma pulga atrás da orelha de cada um.


Formado em arquitetura, Joseph Kosinski faz jus ao seu diploma em "Oblivion", onde tudo o que vemos é extremamente real, as construções dos prédios e das naves e robôs, diferenciando-se inúmeros filmes que apelam para a estética do visual, tudo vai além de belas fotografias, além de se encaixarem, é um pano de fundo.
É alucinante Jack Harperpilotando sua nave ou o como os drones deslizam na superfície, é a qualidade dos estudos de toda a equipe, nos levando aos clássicos da ficção científica, quando o "chroma-key" passava longe de ser a fonte de inspiração.


A mansão futurista ( a memorável base de operações e lar, acima das nuvens e com direito a piscina panorâmica ) em que Jack e Vika vivem é de uma sensibilidade estupenda, voa acima das nuvens, ás lindas tomadas em plano aberto em que vemos o que restou da terra, as cenas nos levam a um filme que nos integra no visual, e dramaticamente a melancólica sensação do planeta (destruído) apresentada na telona, é linda, cortesia do talento do diretor Joseph Kosinski, de Tron – o Legado (Tron – Legacy, 2010) e do fotógrafo Claudio Miranda (Vencedor do Oscar de melhor fotografia em 2013, pelo excelente As aventuras de Pi).


Quanto a uma profundidade nos efeitos visuais, eles são barbáros (a  maioria das tomadas do filme possui um trabalho muito profundo em CGI) um pincel na mão da direção de arte para escancarar uma Nova York de características fascinantes.


A trilha sonora é perfeita, mesmo que não mais feita por Daft Punk como em Tron, Kosinski  mais uma vez fez a escolha certa, colocando a banda eletrônica francesa M83 na frente, trilha sonora esta composta em conjunto por Anthony Gonzales, Joseph Trapanese.
O resultado é brilhante, traz força a cada sequência, caracteriza momentos, traz o que poucos filmes recentes do gênero tem, personalidade e impacto.
É válido citar também, o incrível trabalho de edição de som que dá vida às imagens, focalizando a integração de tudo.



Há sequências de ações explosivas (com a potência de “Ramble On”, do Led Zeppelin) os mais atentos pegarão no ar a sua intenção.Seja pela excelente trilha sonora, misturando uma pegada clássica com as batidas eletrônicas, fez o seu papel.
A edição e o desenho de sons são um toque a parte, devo salientar a criação de ruídos dos drones, que criam uma sensação de problema com a sua presença nas cenas, chegam a dar um certo desconforto.




Intensa, a música deste filme, eleva-nos com maestria, emociona. Você pode conferir isto tudo
 Nesta page incrível, Só dar o play!.

Mas o que concluo é que a supremacia grande da obra é o visual extremo, das locações naturais filmadas na Islândia aos cenários desérticos da América devastada, avaliando também o Tet e as máquinas que sugam as águas oceânicas, como é de praxe na ficção científica, o filme toca questões éticas e até filosóficas (Cruise ao declamar um poema do romano Horacio dá um show), Sobra a aventura. E as referências.
O fato é que Oblivion (2013), ainda que seja um filme charmoso e misterioso, temos que interpretar os signos que só aos poucos são desvendados.
Com sua impecável beleza de luz e enquadramentos, ele nos leva a uma frieza criada pelo diretor, que trás para as telas a HQ que ele criou.
Cada um terá uma percepção do filme.



Referências:


Existem muitas referências aos filmes de Tom Cruise?
E
m uma das cenas ele segura um óculos de sol que ele usou no filme Top Gun. No take em que ele amarra a corda na moto para investigar o buraco onde o drone caiu, tem uma cena que deixa a entender a clássica “cena da corda” de série Missão Impossível.
Quando ele coloca um boné do New York, azul igual ao que ele usa no Guerra dos Mundos matamos na lata a demonstração.

Subliminar:

1 Cientologia:
Domada a parte técnica e perceptiva, percebi em Oblivion como observador e estudioso de "Scientology". Em toda a narrativa da película o filme deixa no ar em cada uma das cenas, significados e significantes trazidos da noção de " Thetan " (o ser eterno ) originado nos estudos de Ron Hubbard, escritor de ficção científica e fundador da "Scientology".Os termos Titan  (o local onde os humanos são enviados) e
 "
Tet" (a base espacial ) nos levam ambos ao "Thetan", o conceito supremo da ciênciologia.Um "thetan" ou espírito no sentido cientológico, não é uma pessoa, ele é eterno.Pura Cientologia, explicita e descrita.

Para quem optar por um estudo da Cientologia:


http://ruminandocoisas.blogspot.com.br/2012/07/em-defesa-da-cientologia-o-caso-tom.html

2 Maçônaria:
Os símbolos Maçônicos com Tet, o Arquiteto to Universo, são escancarados.A busca eterna de Jack por chegar ao seu conhecimento, suas memórias, sua incansável memória com sua origem e o principal, sua busca pela plenitude e suas raízes, fazem de Oblivion, com suas forças uma ilustração do que nos leva a compreender a busca pelo conhecimento e a soberania, Jack morre para a vida, e nasce para a eternidade.

Alusões: 




O "Olho de TET", e o  "Esquadro Compasso" (Símbolo forte na maçonaria), são comparações claras, de um triangulo regendo e observando sempre, os homens.
Fica claro, as referências na maçonaria, no meu entendimento, deixam exprimidos, todos os sentidos desta filosofia de vida.


Oblivion (EUA, 2013) Ficção Científica/Aventura. Universal Pictures
Direção: Joseph Kosinski
Elenco: Tom Cruise, Olga Kurylenko, Andrea Risenborough, Morgan Freeman, Nikolaj Coster-Waldau.
126 minutos, 12 anos.